Mobilização e estágio em pós-graduação foram os assuntos tratados
Iniciando as rodas de conversa de 2022, a AASPSI Brasil esteve em reunião online com assistentes sociais e psicólogas do Tribunal de Justiça da Bahia no dia 14/02. A Associação foi representada pela presidente, Maíla Rezende Vilela Luiz, pela segunda tesoureira, Ana Maria Bertelli e pelo segundo secretário, Caio Schaffer.
Para o primeiro encontro do ano a pauta abordou as dificuldades e os desafios de mobilização do grupo e o estágio em pós-graduação. As profissionais presentes, que vem se reunindo com a Associação desde 2020, falaram sobre o incomodo que sentem por não conseguirem mobilizar os demais colegas a participarem ativamente das discussões. Os diretores explicaram que essa apatia não é exclusividade do TJ-BA, é geral. Muitos profissionais, consumidos pelo peso da rotina, com excesso de trabalho, acabam se afastando das atividades político-sindicais e abrindo mão da luta por seus próprios direitos.
No entanto, pontuamos a importância dos encontros, mesmo que com poucas pessoas participando. O trabalho de mobilização não é fácil, leva tempo e vai se construindo aos poucos. É importante também lembrar que estas reuniões são um momento de quebra do cotidiano e se constituem em um espaço de reflexão coletiva e de reconhecimento.
Sobre o estágio em pós-graduação em Serviço Social e Psicologia que vem sendo adotado em alguns órgão públicos como forma de burlar os concursos públicos e, desta forma, precarizar as relações de trabalho, a AASPSI Brasil informou que continua realizando reuniões com outras instituições como os conselhos profissionais, com a Abpess (Associação Brasileira de Pesquisa e Ensino no Serviço Social), com o coletivo de assistentes sociais e psicólogos do Ministério Público, com a Federação Nacional dos Servidores dos Ministérios Públicos (Fenamp), com a Associação Nacional dos Servidores do Ministério Público (Ansemp), além de sindicatos e outras associações.
No Tribunal da Bahia, que também adotou um programa de estágio em pós-graduação, havíamos tido um avanço. Após reunião realizada pela AASPSI Brasil com representantes da Presidência, o TJ chegou a anunciar que não renovaria os contratos já assinados no programa. No entanto, após consulta ao CFESS, que tem posicionamento diferente ao da Associação e que considera a atividade como trabalho e não apenas como momento de formação acadêmica, o Tribunal voltou atrás e afirmou que vai continuar contratando estagiários. Além disso, designou à revelia e por sorteio uma profissional do Serviço Social para ser supervisora da atividade.
Após longo debate, a diretoria e as profissionais pensaram em convidar as estagiárias em atuação para participarem da nossa roda de conversa. O objetivo e nos aproximarmos das colegas, entender suas expectativas e convidar para a reflexão coletiva da profissão.
Nossa próxima reunião está agendada para o dia 14 de março.
