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SP: Tribunal de justiça chama entidades para reunião, mas não oferece nada novo

Indicativo de greve com início dia 14 continua

Com a proximidade da deflagração da greve das/os servidoras/es, no próximo dia 14, o Tribunal de Justiça de São Paulo convocou as entidades representativas da categoria para uma reunião no último dia 30 de abril. A AASPSI Brasil foi representada pela secretária-geral, Fernanda Copelli.

Representaram o TJ-SP, o desembargador Irineu Fava e os juízes auxiliares da Presidência André Gustavo Cividanes Furlan e Rodrigo Nogueira, além de Vanessa Cristina Martiniano, da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP).

A única informação trazida para as/os presentes foi a de que o órgão se reuniu com a Secretaria da Fazenda e que o aporte financeiro solicitado não foi garantido para cobrir os 5% de reposição, que será pago com recursos próprios do Judiciário. O governo estadual alega que não houve preenchimento das expectativas financeiras para o primeiro quadrimestre. No entanto, o TJ afirmou que o diálogo com o Executivo continuará visando mais verbas para melhorar o índice de reposição salarial.

Mesa de negociação

Os representantes da categoria lembraram que os 5% oferecidos pelo Judiciário são insuficientes diante do acumulado de cerca de 30% de perdas inflacionárias ao longo dos últimos anos.

Outra razão que motivou a decisão pela greve é a falta de efetiva mesa de negociação, para além da discussão da reposição salarial, tratar também das demais demandas da categoria.

“Quando falamos das nossas perdas, sabemos que não tem como o TJ pagar tudo isso de uma vez, mas esperávamos uma proposta para pelo menos diminuir esta defasagem”, pontuou Fernanda em sua fala. Ela explicou que o índice de 5% oferecido pelo Tribunal já está defasado, uma vez que o INPC (Indice Nacional de Preços ao Consumidor) do período fechou em 5,20%. A diferença já seria mais um acúmulo nas perdas.

Diferença de tratamento

Nossa secretária-geral também avaliou a diferença das realidades entre juízas/es e as/os servidoras/es. “Os senhores até podem nos considerar como parte do mesmo corpo, mas não somos. Não somos tratadas/os da mesma forma”, disse. “Há uma realidade muito diferente entre magistradas/os e servidoras/es. Há uma política existente no TJ para suprir a defasagem das/os magistradas/os que não é igual para suprir a das/os servidoras/es.  Servidoras/es não têm poder de decisão sobre o orçamento como magistradas/os têm”, completou.

Regularização do dia parado

Quanto à regularização do ponto no dia de paralisação, ocorrido em 11 de abril, o Tribunal de Justiça publicou nesta segunda-feira (05/05) o Comunicado SGP 47/2025, com as orientações necessárias:

Sobre o(a) autor(a) Ana Carolina Rios

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), bacharel e licenciada em letras pela Universidade de São Paulo (USP). Assessora de Comunicação da AASPSI Brasil desde 2012.