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Servidores do TJ-SP realizam ato público na Praça João Mendes

Corte fechou a negociação com a categoria; aprovados nos concursos não estão sendo nomeados

Reposição dos atrasados, melhores condições de trabalho e nomeação dos profissionais aprovados nos concursos públicos levaram os servidores do Tribunal de Justiça a realizar um ato público na Praça João Mendes Júnior e nas proximidades do palácio da Justiça nesta quinta-feira (18/09). A AASPSI Brasil esteve lá representada pelas diretoras Giseli Assoni e Maria Lucia de Souza e pela representante do Conselho de Especialistas, Elisabete Borgianni.

Representantes das diversas entidades representativas dos servidores denunciaram o fechamento do diálogo por parte do TJ. A Presidência não recebe a categoria e as comissões paritárias que tratam da extensa pauta de reivindicações não têm poder de decisão. Desta forma, as negociações emperraram.

“Essa reposição salarial reivindicada não é um abono, não é uma benesse que o Tribunal nos daria, é um direito dos trabalhadores”, pontuou Elisabete. Ela falou sobre a falta de reposição do quadro pessoal da maior corte do país. Atualmente três concursos estão abertos: para assistentes sociais, para psicólogos e para escreventes, mas o TJ-SP interrompeu as nomeações alegando falta de orçamento. “Os trabalhadores estão no limite e estão adoecendo, a população precisa saber disso”, expôs nossa especialista lembrando que os usuários que dependem do Judiciário serão diretamente prejudicados pelo desmonte do serviço público. “Brasileiros e brasileiras que estão aceitando os desmontes estão aceitando a barbarização total da vida”, completou.

Pressão no Palácio

Ao término do ato, os representantes das entidades encaminharam-se ao Palácio da Justiça pressionar pela reabertura das negociações. O presidente, desembargador Manoel de Pereira Calças, mais uma vez não recebeu a categoria. Os presentes protocolaram novamente pedido de audiência e conversaram com as juízas auxiliares Tatiana Magosso e Ana Claudia Dabus Guimarães. Sobre a pauta de reivindicações, nada de concreto. O TJ continua alegando falta de verbas.

As magistradas também receberam representantes do grupo dos aprovados nos concursos para assistentes sociais e psicólogos. Também não há novidades sobre a retomada das nomeações. De acordo com as juízas, o presidente não quer “gerar despesas para a próxima gestão” (sua administração termina em dezembro). As vagas da Psicologia previstas no edital já foram contempladas, embora sejam insuficientes diante da crescente demanda. Já para o Serviço Social, cerca de 100 profissionais ainda aguardam a nomeação. O número de cargos vagos, de acordo com o próprio TJ, é maior do que o previsto nos editais e a necessidade de profissionais é urgente. A situação deve se agravar com o grande número de profissionais que estão próximos de se aposentar.

Fotos: Camila Marques/Assojubs

Sobre o(a) autor(a) Ana Carolina Rios

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), bacharel e licenciada em letras pela Universidade de São Paulo (USP). Assessora de Comunicação da AASPSI Brasil desde 2012.

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