Além da reposição salarial, servidoras/es reivindicam condições de trabalho e combate à violência e ao assédio moral

Em greve desde esta quarta-feira (03/05), as/os servidoras/es da Fundação Casa denunciam falta de condições de trabalho e o assédio moral recorrente na instituição.
A categoria rejeitou a proposta da Fundação de reajuste de apenas 5,75% (abaixo da inflação acumulada), em assembleia realizada no dia 29 de abril. Mas, a pauta de reivindicações não trata apenas da reposição salarial. As/os trabalhadoras/es querem valorização; o respeito ao Plano de Cargos, Carreiras e Salários; o não fechamento de unidades; a realização de concursos públicos e mais segurança nas unidades, além de uma política de prevenção e enfrentamento ao assédio moral.
Situações de violência contra as/os servidores têm sido cada vez mais comuns. Em alguns casos, trabalhadoras/es perderam a vida.
O Sitsesp (Sindicato da Socioeducação de São Paulo), que representa a categoria denunciou que antes mesmo da paralisação iniciar, gestores da instituição ameaçaram as/os trabalhadoras/es com o desconto dos dias parados e não aceitando atestados de saúde.
Sem acordo
No dia 2 de maio, o sindicato reuniu-se com representantes da Casa Civil, da Fundação Casa e da Procuradoria-Geral, na tentativa de um acordo. O governo ofereceu passar o índice para 6% incidente sobre salários e benefícios econômicos e valor do vale refeição e alimentação, desde que a categoria não saísse em greve. Em nova assembleia, as/os servidoras/es decidiram manter a paralisação.
Segundo a associada e ex-diretora da AASPSI Brasil Angela Aparecida dos Santos, psicóloga da Fundação Casa, a adesão à greve foi grande e a mobilização vem ganhando forças.
Nesta sexta-feira (05/05) ocorre a segunda audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho. A primeira audiência não resultou em acordo entre as partes.
A AASPSI Brasil, que representa assistentes sociais e psicólogas/os da área sociojurídica, e que possui profissionais da Fundação Casa em seu quadro de associadas/os, manifesta todo o seu apoio à categoria e ao sindicato pela luta.
Foto: Sitsesp