
No último dia 04, aconteceu o seminário “Trabalho Escravo Contemporâneo e suas Interseccionalidades: Um diálogo necessário”, em Cuiabá, no Mato Grosso. O evento foi promovido pelo Projeto Ação Integrada – Mato Grosso (PAI/MT), em parceria com a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo em Mato Grosso (Coetrae-MT), com o Grupo de Pesquisa sobre Meio Ambiente do Trabalho da Universidade Federal de Mato Grosso (GPMAT-UFMT) e com o Conselho Estadual de Direitos Humanos de Mato Grosso (CEDH-MT) e reuniu cerca de cem pessoas.
A diretora da AASPSI Brasil, Arlete Oliveira participou como representante do Comitê de Estado de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Mato Grosso (Cetrap-MT).
A conferência de abertura do evento teve como tema “O combate ao Trabalho Escravo Contemporâneo no âmbito das Cadeias Produtivas” e foi proferida por Renato Bignami, auditora fiscal do trabalho, mestre em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Direito do Trabalho e Seguridade Social pela Universidad Complutense de Madrid.
Bignami defendeu que o papel da rede de combate à exploração da mão de obra análoga à escravidão não deve se limitar à retirada da vítima do local. O compromisso deve ser com o rompimento do ciclo da escravidão, inclusive para que seja evitada a revitimização. “Resgatar o trabalhador inclui dar a ele tudo o que a vida negou, o que lhe foi sonegado, preparando o ser humano para uma vida plena e para o usufruto da cidadania”, pontuou.
Durante o seminário também ocorreu o lançamento de um livro produzido pela Coetrae-MT e de um relatório sobre os 15 anos de experiência do PAI/MT.
A AASPSI Brasil integra o Cetrap-MT desde 2021, acompanhando as discussões nacionais envolvendo a temática do tráfico de pessoas e trabalho escravo.