Embora tenha pressa governo federal ainda não tem os votos necessários para aprovar a Reforma Administrativa

Fespesp
Como esperado, esta quinta-feira, Dia do Servidor Público, foi marcada por atos em todo o país. Protestos por valorização, condições de trabalho e contra a PEC 32 (Reforma Administrativa) tomaram as ruas em todas as regiões.
A Reforma Administrativa federal ainda não foi a votação pela forte mobilização das/os trabalhadoras/es. O ministro da economia, Paulo Guedes, tem pressa e cobra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) que coloque a PEC em votação. No entanto, o governo não conseguiu ainda os 308 votos necessários para a aprovação. As eleições de 2022 se aproximam e as/os parlamentares temem ter a imagem “queimada”.
A verdade é que de todos os ataques sofridos pela categoria nos últimos anos, este será o pior. Ao contrário do que propaga o governo, o projeto não trará economia aos cofres públicos. No fundo, o que a reforma propõe é o maior desmonte do estado da história. Facilita a contratação de indicados políticos, dificulta a realização de concursos públicos e a progressão e manutenção dos servidores estatutários. Fora isso, ainda abre caminho para que os serviços públicos sejam entregues à iniciativa privada.
Em São Paulo, o ato ocorreu na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação. Além do projeto do governo federal, também foi alvo de protestos a Reforma Administrativa Estadual aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador João Doria neste mês. No caminhão de som foram projetadas os nomes e fotos das/os deputadas/os que votaram a favor de mais este projeto de desmonte do Serviço Público e retirada de direitos das/os servidoras e servidores paulistas.
Em seguida, as/os manifestantes encaminharam-se para a Câmara Municipal, juntando-se aos servidores municipais que estão em greve em protesto à aprovação do SampaPrev2, mais uma proposta de Reforma da Previdência da Prefeitura de São Paulo.
Em Porto Alegre, servidores municipais realizaram um ato em frente à prefeitura. Além das falas contra a reforma, os trabalhadores cobraram reposição salarial, o que não ocorre há cinco anos. A defasagem nos ganhos da categoria já chega a 28%.
Em Salvador, as manifestações ocorreram em diversos pontos da cidade. Críticas à PEC 32 e melhorias salariais foram a pauta comum a todas as categorias manifestantes.
Em Recife, a manifestação foi em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco. O ato teve como objetivo chamar a atenção da população e dos parlamentares sobre os perigos da aprovação da reforma.
Já na capital federal o ato foi em frente ao Ministério da Economia, local onde nasceu a proposta da Reforma Administrativa. Os manifestantes também defenderam a prorrogação do auxílio emergencial no valor de R$ 600.
Outras capitais como Rio de Janeiro, Fortaleza e Belém também registraram protestos e manifestações, como foi possível acompanhar na página Contra a PEC 32 no Facebook.