Paralisação durou oito dias e conseguiu frear tentativa de retirada de direitos
Os servidores da Fundação Casa que estavam em greve por reposição salarial e contra retirada de direitos encerraram o movimento nesta quarta-feira (24/06) com ato na avenida Paulista, na capital do estado. O ato começou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e terminou no Tribunal Regional do Trabalho, onde ocorreu uma audiência de conciliação.
Após análise do dissídio, o TRT decretou o fim da greve que durou oito dias. A greve não foi considerada abusiva, mas a Justiça deliberou pela volta imediata ao trabalho sob pena de multa.
De acordo como Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo (Sitsesp), foi possível alguns avanços, como por exemplo a manutenção da data-base da categoria em 1° de março e extensiva a todos os trabalhadores contratados pela Fundação Casa, seja em cargos permanentes, temporários, de confiança ou comissionados e o vale-refeição que passou a ser de 25 unidades mensais no valor facial de R$ 23,35 cada unidade, totalizando, R$ 583,75 por mês a partir de julho. Os empregados e servidores que venham a sofrer acidente do trabalho e ou doenças profissionais receberão vale-refeição por todo período do afastamento independente de recebimento de benefício previdenciário. Outro ponto positivo foi o aumento do vale-alimentação para R$ 200, a partir de janeiro de 2022. A Fundação Casa também se comprometeu a buscar outras instituições bancárias (além do Banco do Brasil) que forneçam crédito mediante consignação em folha de pagamento e a manter o convênio com o Sesc (Serviço Social do Comércio).
De acordo com a diretora da AASPSI Brasil e psicóloga da Fundação Casa, Ângela Aparecida dos Santos, assistentes sociais e psicólogos da Instituição aderiram ao movimento e participaram das manifestações. Ela avalia que, diante da atual conjuntura do país, o movimento foi vencedor contra a tentativa de retirada de direitos.