SP: Tribunal de Justiça oferece 4,87% de reposição salarial

Reunida em assembleia, categoria define paralisação no dia 11 de abril

No último dia 13 de março, o Tribunal de Justiça de São Paulo recebeu as entidades representativas das/os servidoras/es para início das negociações da Campanha Salarial 2025. A AASPSI Brasil participou representada pela secretária-geral, Fernanda Copelli.

Entre as informações trazidas pelo presidente, desembargador Fernando Torres Garcia, e seus assessores, a mais significativa é a de que o TJ-SP pretende cumprir a data-base oferecendo um índice de reposição salarial de 4,87%. Este índice pode aumentar um pouco dependendo das negociações em andamento com o Executivo.

Sobre as perdas acumuladas desde 2002, que chegam a 30,24%, não houve qualquer menção da Instituição sobre um plano para quitar esta dívida com a categoria.

As/os representantes das trabalhadoras/es questionaram a necessidade de negociação com o governo estadual uma vez que o Tribunal possui dotação orçamentária própria. O desembargador respondeu que não pode definir o índice sozinho e que o TJ não pode oferecer algo muito distinto do que o Executivo irá oferecer para as demais categorias do funcionalismo.

Acúmulo e pressão

Em sua fala, Fernanda lembrou que apesar da majoração, o auxílio-saúde é insuficiente, dada as necessidades dos/as servidores/as, que sofrem com problemas físicos e mentais devido ao acúmulo de trabalho e pressão das chefias para o cumprimento de metas.

“Quando todo mês temos retirado do nosso bolso pelo menos 25% do nosso salário pela falta de reposição da inflação, o auxílio-saúde acaba sendo usado pra cobrir essa defasagem. É indigno o fato de o Tribunal pagar o auxílio-saúde a magistradas/os pelo teto do que estabelece a resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mas para as/os servidoras/es não chegar nem perto do teto devido a nós estabelecido pela mesma Resolução”, defendeu.

Assembleia Geral

No sábado (15/03), a categoria reuniu-se em uma assembleia geral para definição da pauta de reivindicações. A reunião ocorreu de forma digital e reuniu mais de 200 pessoas.

As/os representantes das entidades informaram as/os servidoras/es sobre a reunião com a Presidência do TJ-SP e suas impressões.

Entre outras coisas, a categoria aprovou o dia 11 de abril como dia de paralisação com a realização de uma assembleia geral presencial na Praça João Mendes, na capital, às 13 horas.

Fotos: Camila Marques/Assojubs

Sobre o(a) autor(a) Ana Carolina Rios

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), bacharel e licenciada em letras pela Universidade de São Paulo (USP). Assessora de Comunicação da AASPSI Brasil desde 2012.