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Campanha Salarial TJ-SP: Servidores oficiam Judiciário novamente por mesa de negociação

Entidades pressionam por mesa de negociação e reunião foi marcada para 13 de julho

Nem a chuva e o frio da capital paulista nesta quarta-feira (14/06) impediram as/os servidoras/es do Tribunal de Justiça de São Paulo de manifestarem sua indignação pela falta de negociação em mais uma assembleia geral da categoria.

Desta vez presencial, o encontro reuniu trabalhadoras/es de diversas regiões do estado na Praça João Mendes Junior. A AASPSI Brasil foi representada pela secretária-geral, Fernanda Copelli Vilas Boa.

As/os representantes das entidades passaram os informes gerais sobre a Campanha Salarial 2023 e avaliação da mobilização. O deputado estadual Carlos Giannazzi (PSOL) também esteve presente para mais uma vez manifestar seu apoio e passar informações sobre o Legislativo. O parlamentar lembrou que neste ano, o Judiciário paulista recebeu um orçamento inédito que passou dos R$ 15 bilhões, o mesmo ocorreu com o orçamento estadual que passou dos R$ 317 bilhões e que, portanto, há dinheiro no caixa para a cumprir com a justa reposição inflacionária da categoria.

Giannazzi também convocou todas/os a participarem no próximo dia 20/06 de ação da Frente Paulista em Defesa do Serviço Público na Assembleia Legislativa para pressionar a Casa pela aprovação do Projeto de Lei Complementar 30/2013 (reposição de 10,55% das perdas salariais das/os servidoras/es do TJ-SP até 2013) e do Projeto de Lei Complementar 03/2018, que institui o nível universitário para as/os escreventes.

Após a fala do deputado, as/os presentes saíram em passeata até a porta do Palácio da Justiça, pressionar para que uma comissão fosse recebida pela Presidência para protocolo de mais um ofício, solicitando mesa de negociação.

Em sua fala, Fernanda pontuou a diferença de tratamento dentro da Casa da Justiça. “É interessante ver que quando questionamos porque os corpos das/os juízas/es valem mais que os nossos e elas/eles dizem que é porque elas/eles são em menor número, logo o impacto no orçamento é menor. Por isso, o auxilio saúde seria brutalmente diferente. Esse argumento é imoral! Elas/es reivindicaram um auxílio-alimentação igual ao nosso e ainda conseguiram cinco anos de retroatividade”, lembrou. “Na hora de se alimentar o corpo vale igual, mas na hora de adoecer (somos nós que adoecemos com a sobrecarga de trabalho), nós valemos dez vezes menos”, completou.

Veja a fala da nossa secretária:

Oficio protocolado

Após algum tempo de espera na porta do palácio uma comissão de entidades – a AASPSI Brasil entre elas – foi recebida pelos juízes auxiliares da Presidência Alexandre Andretta dos Santos e Cesar Augusto Fernandes. Em seguida, a comissão conversou com os juízes Ricardo Dal Pizzol e José Marcelo Tossi Silva e protocolaram o ofício.

A pressão já surtiu efeito. Nesta quinta-feira (15/06), a Presidência entrou em contato com as entidades marcando reunião para o dia 13 de julho, às 10 horas, no Palácio da Justiça.

Nossa luta e pressão continua! Vamos nos preparar e exigir que essa reunião seja de fato uma mesa de negociação!

Sobre o(a) autor(a) Ana Carolina Rios

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), bacharel e licenciada em letras pela Universidade de São Paulo (USP). Assessora de Comunicação da AASPSI Brasil desde 2012.