Adoecimento das/os trabalhadoras/es é cada vez mais comum
Cansadas/os dos crescentes casos de assédio moral no ambiente de trabalho, as/os servidoras/es do Ministério Público criaram o movimento Nenhum Servidor a Menos no MP-SP. Desde 2022 o grupo vem denunciando casos de perseguição e o descaso da instituição.
Nesta quinta-feira (18/05), o grupo organizou um ato público em frente à sede do Ministério Público, no centro da capital paulista, local em que um trabalhador da instituição se suicidou em 2022, caso que foi amplamente noticiado pela imprensa ano passado.
A AASPSI Brasil, juntamente com um grupo de entidades e sindicatos apoiou a organização do ato e esteve presente representada pela secretária-geral, Fernanda Copelli Vilas Boas e associadas.
Representantes do movimento fizeram duros relatos do que vem ocorrendo no órgão que têm tornado o ambiente de trabalho cada vez mais adoecedor. São casos graves de assédio moral, desvio de função e carga excessiva de trabalho. Também denunciaram que o diálogo com a Administração cessou quando a situação se tornou pública nas mídias. Segundo as/os trabalhadoras/es, a direção sentiu-se “traída” e não mais recebeu a categoria para conversar sobre medidas de combate e prevenção ao assédio.
“É com muito pesar, mas com muita esperança que nos reunimos com vocês. Esse movimento tem levantado o alerta para outras categorias que sofrem a mesma coisa. Não é uma luta apenas pela morte de colegas, o que já é uma perversidade e uma brutalidade, mas é também a morte da esperança de acesso à Justiça pela população”, defendeu Fernanda em sua fala de apoio. “Não podemos esquecer que este assédio está ligado a um projeto de precarização, não é por acaso, não é apenas pelas estruturas hierarquizadas e autoritárias, é um projeto para que a gente dê conta cada vez mais e com cada vez menos condições”, completou.
Assista à fala completa da nossa diretora:
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Além de servidoras/es do MP-SP e representantes de diversas entidades que apoiam o movimento o ato também contou com a presença do deputado estadual Carlos Giannazzi e uma representante da Bancada Feminista, ambos do PSOL, que colocaram os mandatos à disposição para apoiar o movimento e organizar uma audiência pública sobre a situação.