Categoria aprova aderir à greve geral do dia 14 de junho contra Reforma da Previdência e novos atos da Campanha Salarial
Servidores do Judiciário paulista reuniram-se no último dia 17 para a segunda assembleia geral da categoria para definir os próximos passos da Campanha Salarial 2019. A AASPSI Brasil foi representada pelas diretoras Giseli Assoni, Elaine Major Pavanelo e Maria Lucia de Souza e associados.
Inicialmente marcada para o dia 10, a assembleia teve que ser adiada em uma semana uma vez que o Tribunal de Justiça marcou reunião da Comissão de Orçamento com as entidades representativas dos trabalhadores para o dia 16. A reunião, no entanto, não representou nenhum avanço nas negociações. Recebidos por juízes assessores os representantes da categoria não obtiveram nenhuma resposta concreta para a pauta de reivindicações. As respostas não passaram de “não temos orçamento”, “precisamos estudar” ou “vamos falar com o presidente”. Como o índice de reposição salarial deste ano foi de apenas 3,94%, as entidades propuseram que os 12,4% restantes sejam parcelados pelos próximos três anos. A comissão irá levar esta proposta à Presidência.
“Nós estamos com o pior presidente do Tribunal de Justiça dos últimos dez anos. Deixamos claro na reunião que não achamos justo os juízes e desembargadores receberem reposição de mais de 16% e para os servidores não chegar nem a 4%”, expôs José Gozze, presidente da Federação das Entidades dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fespesp), lembrando que o presidente do TJ-SP, desembargador Manoel Pereira Calças se recusa a receber os representantes da categoria.
“O Tribunal de Justiça não é composto só por juízes e desembargadores, ele se sustenta na sua base por todos os servidores. E quando nós lutamos pela garantia de nossos direitos estamos pensando diretamente na qualidade do nosso trabalho, no atendimento à população. A violação aos nossos direitos atinge diretamente os usuários. Precisamos levar esta mensagem para a população”, disse Elaine em nome da Associação.
Veja a fala completa da nossa diretora:
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Presente à assembleia para apoiar os servidores o deputado estadual Carlos Giannazzi (PSOL) Conclamou os presentes a participarem das mobilizações contra a Reforma da Previdência. “Nós sabemos que a Previdência não é deficitária. O que eles querem é desviar o fundo previdenciário para os rentistas da dívida pública, os bancos”, alegou. Anunciou também que fará uma sessão solene em homenagem ao dia do escrevente técnico judiciário no dia 05 de junho, na Assembleia Legislativa.
Após as exposições das entidades, os servidores presentes aprovaram as seguintes propostas:
– No dia 3 ou 5 de junho, das 12 às 13 horas, realizar atos em cada fórum de mobilização da categoria reivindicando reposição salarial, coletando assinaturas contra a reforma da previdência e discutir a preparação e participação, em cada Comarca, na Greve Geral dia 14/06.
– No dia 14/06 mobilizar os trabalhadores em frente dos fóruns dirigindo-se ao centro da cidade onde estão ocorrendo às manifestações da greve geral;
– Manter a reivindicação de majoração do auxílio saúde para 800,00 e garantia de participação dos representantes da categoria nas discussões sobre o plano de saúde do TJ-SP;
– Realização de atos regionais durante o mês de agosto e continuidade da mobilização;
– Data indicativa para a próxima assembleia 06/09, após nova reunião com a Comissão de Orçamento.
Os servidores também foram consultados se preferem receber 800,00 ou o plano de saúde do TJ e todos concordaram que preferem receber os 800,00 , em seguida os presentes também aprovaram sair em passeata em volta do Fórum João Mendes até a porta do Palácio da Justiça. Um grupo de representantes tentou ser recebido pela Presidência, porém o presidente do Tribunal manteve o posicionamento de não receber os servidores.