Novas regras entram em vigor em 90 dias
Dia amargo para os servidores públicos do Estado de São Paulo. Foi sancionada nesta sexta-feira (06/03) a Reforma da Previdência paulista, em cerimônia comandada pelo governador, João Dória (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes.
Para o governador, a aprovação do projeto representa um momento histórico, além de possibilitar uma economia de R$ 58 bilhões nos próximos 15 anos.
Já para os trabalhadores, a reforma representa mais uma punição. Sobrou para os servidores pagar a conta do rombo deixado por décadas de gestões desastrosas no estado, boa parte delas comandadas pelo partido do atual governador.
Um dos pontos mais criticados da Reforma de Doria é a nova alíquota de contribuição, que será de acordo com a faixa salarial:
Até R$ 1.045,00: 11%
De R$ 1.045,01 a R$ 3.000,00: 12%
De R$ 3.000,01 a R$ 6.101,06: 14%
Acima de R$ 6.101,07: 16%
Além da alíquota, a idade mínima para aposentadoria passa a ser de 62 anos para mulheres e 65 para homens. O tempo mínimo de contribuição foi reduzido para 25 anos. O benefício da pensão por morte também sofrerá alterações: Será baseado em um sistema de cotas com valores diferenciados de acordo com o número de dependentes.
A AASPSI Brasil agradece a todos os associados e companheiros por terem nos acompanhado na resistência durante estes meses na Assembleia Legislativa. Não foi fácil resistir ao cansaço, à demagogia e hipocrisia de parlamentares que recebem gordos salários nos chamando de “vagabundos”, defendendo o “corte dos privilégios”, ao gás de pimenta e balas de borracha. O golpe foi duro, mas não irá nos derrubar. Continuaremos na luta diária por uma sociedade mais justa e pela valorização dos trabalhadores deste país, aqueles que mantém a Educação, a Saúde, a Segurança Pública e o Sistema de Justiça funcionando para atender à população brasileira.
