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Assistentes sociais recebem homenagem por resistência à violência da ditadura civil e militar

A Câmara dos Deputados realizou nesta segunda-feira (07/12) sessão solene em homenagem às mulheres que resistiram às várias violências no contexto da ditadura civil e militar.

Entre as homenageadas, duas assistentes sociais: Marilda Iamamoto e Rosangela Batistone.

Em seu pronunciamento, Marilda estendeu a homenagem às mulheres anônimas, mortas e desaparecidas no combate à ditadura e que “ficaram invisíveis nesta luta”. Ela relatou sua experiência pessoal de tortura física e psicológica durante sua prisão no Regime Militar. “Tive o reconhecimento de tortura pelo governo de Minas Gerais. Não tive qualquer participação na luta armada, mas sim no movimento estudantil e na esquerda católica. Fui alvo do decreto 477 e perdi o meu emprego público quando estava nas mãos do Estado brasileiro”, relatou. Para ela, “a Lei da Anistia ainda é parcial, necessitando ser aprofundada com a punição dos torturadores. É fundamental a continuidade da reparação coletiva e a luta pela abertura integral dos arquivos dos órgãos públicos referentes ao período”.

Rosangela, em sua fala, saudou “o reconhecimento à luta de inúmeras mulheres anônimas que nas fábricas, nos campos, nos bairros, nas escolas, nos sindicatos e nas igrejas sofreram as diferentes formas de violência e criminalização da vida cotidiana”. Falou também sobre a continuidade das violações de direitos no processo da implantação da democracia e “que se atualizam sob novas bases, agora em um contexto de crise do capital, que atravessa a totalidade do tecido social”.

Veja a integra da sessão solene aqui

Sobre o(a) autor(a) Ana Carolina Rios

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), bacharel e licenciada em letras pela Universidade de São Paulo (USP). Assessora de Comunicação da AASPSI Brasil desde 2012.

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